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Acnur despacha equipe móvel de emergência ao Líbano BR

Acnur despacha equipe móvel de emergência ao Líbano

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, anunciou o envio de uma equipe móvel de emergência ao Líbano. O grupo deve chegar ao país antes do fim de semana para analisar a situação de milhares de deslocados pelo conflito com Israel.

Há relatos, não confirmados, de que pelo menos 270 pessoas morreram no conflito. Os bombardeios são uma retaliação de Israel ao seqüestro de dois soldados do país pelo grupo islâmico libanês Hisbolá.

Um bombardeio nesta quarta-feira ao Vale do Bekaa matou um libanês, de cidadania brasileira, como contou à Rádio ONU, o irmão dele, o comerciante Habib Barakat.

“Ele estava na fábrica dele, logo as 7:30 da manhã, horário do Líbano que era as 2h30 horário do Brasil. Veio uma aviação de Israel e bombardeou a fábrica dele. Onde faleceram ele, o gerente da fábrica e teve quatro feridos em estado grave”, afirmou.

Um amigo da família, Salah Saad, descreveu o momento do ataque.

“Estão destruindo tudo aqui. Na verdade eu não vi nada porque eu caí no chão, caiu poeira e sujeira em cima de mim e eu não vi nada. Mas eu estava lá e foi terrível”, contou.

Segundo a mídia israelense, o Hisbolá tem lançado foguetes e morteiros contra a cidade de Haifa, no norte do país. O advogado Marcos Wasserman disse à Rádio ONU, de Tel Aviv, que a situação na cidade ainda é calma, mas a população está vigilante.

“Também de olho no eventual toque de uma sirene que nesse caso anunciaria um bombardeio em Tel Aviv. Isso porque o Hisbolá anunciou que tem e também Israel já avisou que há uma possibilidade muito grande do Hisbolá ter foquetes de longo alcance que pode chegar a Tel Aviv ou até mais longe”, disse.

Uma missão da ONU enviada por Kofi Annan ao Líbano deverá chegar a Nova York nesta quinta-feira para apresentar um relatório ao Conselho de Segurança.

O Secretário-Geral da ONU disse que a decisão sobre envio de tropas internacionais ao Líbano cabe ao conselho. Segundo Annan, uma força de estabilização daria ao governo libanês tempo para se organizar e preparar, e teria que ser maior do que a força atual de 2 mil homens, Finul.

A ONU continua buscando informações sobre o paradeiro de um trabalhador da Finul e sua esposa, que vivem na cidade de Tiro, no sul do Líbano, bombardeada por Israel no fim de semana. O acesso da equipe da ONU está sendo dificultado pela destruição das estradas.