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Annan chega a Roma para discutir saída para o Oriente Médio BR

Annan chega a Roma para discutir saída para o Oriente Médio

O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan (foto), chegou a Roma, na Itália, para participar de uma conferência internacional que irá debater propostas para solucionar o conflito entre Líbano e Israel.

O Secretário-Geral afirmou que o importante é que todos os líderes saiam de Roma com uma estratégia concreta sobre como lidar com o conflito, em vez de decepcionar a esperança de quem está no meio dos combates.

Na segunda-feira, a ONU lançou um apelo de emergência de US$ 150 milhões para para socorrer as vítimas.

Pelo menos 380 pessoas morreram e cerca de mil ficaram feridas desde o início dos bombardeios de Israel ao Líbano no último dia 12.

O governo israelense diz que os ataques são uma retaliação ao seqüestro de dois soldados do país pelo grupo militante islâmico Hezbollah. O movimento quer trocar os soldados por prisioneiros libaneses.

O Exército de Israel informou que pelo menos 40 israelenses morreram após a explosão de dezenas de mísseis e foguetes lançados pelo Hezbollah às cidades do norte do país.

O presidente do Centro Cultural Israel-Brasil, Marcos Wasserman, contou à Rádio ONU de Tel Aviv como está a situação na região.

“Cerca de 1 milhão de israelenses estão praticamente paralisados, pois toca o sinal de alarme avisando que está vindo míssil e as pessoas estão passando todos esses dias praticamente dentro desses abrigos antiaéreos, o que é extremamente desgastante. O conflito assumiu uma situação muito mais séria e agora é guerra mesmo, é corpo a corpo, soldado contra soldado”, disse Wasserman.

Wasserman também disse que apesar de estar distante do conflito, a população em Tel Aviv permanece alerta.

“Todo mundo está com o rádio ligado, de hora em hora a Rádio de Israel anuncia o que vai acontecer, quantas bombas caíram em tal lugar, quantas pessoas morreram ou ficaram feridas. De modo que se, esperamos que isso não aconteça, vier uma bomba para cá nós seremos avisados em tempo e cada um vai tratar de se abrigar como puder”, concluiu.

Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança se reuniu para discutir a situação da missão da ONU no Líbano, a Finul, que tem cerca de 2 mil homens e foi formada em 1978.

O próprio Secretário-Geral sugeriu ao conselho rever o mandato da força, que segundo ele não deve ser renovado em sua configuração atual.