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OMS pede mais investimentos para os profissionais da saúde BR

OMS pede mais investimentos para os profissionais da saúde

A Organização Mundial da Saúde, OMS, pediu mais investimentos para os profissionais da área, que são o tema deste ano do Dia Mundial da Saúde.~

Segundo um relatório da OMS, os investimentos ajudariam a melhorar as condições de trabalho dos profissionais, revitalizar as instituições de treinamento além de antecipar os desafios da área.

O doutor Alexandre Lima, do Serviço Médico Interno da ONU em Nova York, disse que a proposta é um grande incentivo para os profissionais.

"O tema deste ano, a crise no setor dos serviços ou dos trabalhadores da área de saúde, é muito importante. É bem conhecido e reconhecido o problema por aqueles que trabalham nessa área como também pelos próprios usuários do sistema de saúde. E esperamos que isso traga realmente um novo alento aqueles que têm essa nobre aspiração de poder servir aos outros na área de saúde", analisou Lima.

Como parte das comemorações, a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, ofereceu o Prêmio "Heróis de Todos os Dias" a oito equipes profissionais na região.

Uma das homenageadas, a enfermeira Maria de Fátima Cerqueira, do Programa Saúde Na Família, de São Paulo, disse que o desnível salarial em alguma regiões brasileiras tem de ser combatido.

"Aqui no Sudeste e no Sul os salários são melhores, mas a gente percebe ainda uma diferença entre o médico e as outras categorias de nível universitário. Em muitos estados o médico trabalha a mesma quantidade de horas de outros profissionais universitários mas o salário dele é quase que o dobro. Então isso é muito variado de lugar para lugar. Eu acho que cabe a nós nos unirmos para tentar melhorar e exigir melhores condições de trabalho, melhores salários etc. Essa guerra, essa luta, a gente ganha no dia-a-dia fazendo um trabalho de valor", disse a enfermeira.

O relatório da OMS sobre a crise na saúde propõe um plano de 10 anos para resolver o problema. Segundo a própria OMS, pelo menos 1,3 bilhão de pessoas não têm acesso a serviços básicos.