OMS diz que fumar aumenta risco de complicações após cirurgias
Fumantes correm riscos significativamente maiores de complicações depois de uma cirurgia, informa um novo estudo da Organização Mundial da Saúde, OMS, publicado esta segunda-feira.
Segundo a pesquisa, as complicações incluem problemas cardíacos e pulmonares, possibilidade de infecções e cicatrização mais lenta e difícil.
Worldwide, over 1.1 billion people smoke tobacco and at least 367 million people use smokeless tobacco.Tobacco smoking is known to cause adverse health effects, including #cancer, cardiovascular and respiratory diseases https://t.co/OVpbUNDKqv#NoTobacco🚭 pic.twitter.com/QxvRMCT8C9
WHO
Benefícios
Apesar dessas dificuldades, o estudo mostra que parar de fumar quatro semanas antes de uma cirurgia é suficiente para reduzir o risco de complicações e melhorar os resultados nos primeiros seis meses de recuperação. Esses pacientes também têm possibilidades menores de sofrer complicações com a anestesia.
O estudo, realizado em conjunto com a Universidade de Newcastle e a Federação Mundial das Sociedades de Anestesiologistas, mostra que cada semana sem fumar melhora os resultados em cerca de 19%.
Em nota, o especialista da OMS, Vinayak Prasad, diz que o relatório “mostra que existem vantagens em adiar cirurgias menores ou que não sejam de emergência para dar aos pacientes a oportunidade de parar de fumar."
Explicação
A nicotina e o monóxido de carbono, duas substâncias presentes nos cigarros, podem diminuir os níveis de oxigênio e aumentar muito o risco de complicações cardíacas após a cirurgia.
Fumar também danifica os pulmões, o que dificulta a circulação do ar e aumenta o risco de problemas nestes órgãos. Além disso, fumantes podem ter o sistema imunológico baixo, o que atrasa a cicatrização e aumenta o risco de infecção no local da ferida.
Segundo o estudo, “apenas um cigarro pode diminuir a capacidade do corpo de fornecer os nutrientes necessários para a cura após a cirurgia.”
O coordenador da Qualidade de Cuidados da OMS, Shams Syed, disse que “as complicações após cirurgias representam um grande peso para os profissionais de saúde e para os pacientes.”
Segundo o especialista, médicos, cirurgiões, enfermeiros e familiares são importantes para apoiar o paciente a parar de fumar em todas as etapas do tratamento, especialmente antes de uma operação.