Embaixador do Brasil junto à ONU visita Guiné-Bissau sobre eleições presidenciais
Mauro Vieira lidera estratégia da Comissão de Configuração da Paz da ONU para o país africano; votação está marcada para 24 de novembro.
O presidente da Comissão de Configuração da Paz da ONU para a Guiné-Bissau, Mauro Vieira, terminou uma visita ao país para avaliar as preparações para as eleições presidenciais marcadas para 24 de novembro.
Vieira, que é embaixador do Brasil junto às Nações Unidas, afirmou no final da visita, que "o mais importante é a realização das eleições" e que a votação "não deve ser posta em risco por causa de eventuais dificuldades."
Preparativos
Mauro Vieira reuniu-se com o presidente guineense, José Mário Vaz, representantes de órgãos eleitorais, partidos políticos, sociedade civil e parceiros internacionais.
“Eu sou um espectador da situação. O que disse a todos é que todas as dificuldades que possam surgir no caminho devem ser superadas pelo consenso, pela negociação, pelo diálogo.”
Vieira também destacou o apoio que o país precisa para realizar a votação. Segundo o Ministério das Finanças, as eleições devem custar € 5,9 milhões.
“As Nações Unidas sempre ajudam, através do Pnud e outras suas agências, e na comunidade internacional também são muitos os países que têm participado e ajudado neste esforço para levar a cabo o ato eleitoral. Eu acredito e espero que, com certeza, o que for necessário, será encontrado.”
Campanha
O embaixador brasileiro também teve reuniões com representantes do grupo P5, que inclui Nações Unidas, União Europeia, União Africana, Comunidade de Estados da África Ocidental, Cedeao, e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.
Ele classificou a visita de “excelente” e disse que deixava o país “muito tranquilo.” Mauro Vieira conversou com todos “de forma aberta, clara e transparente”.
Pelo calendário eleitoral, se não houver um vencedor em 24 de novembro, a eleição seria finalizada em 29 de dezembro.
Ao todo, 12 candidatos disputam a Presidência. Eles foram aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça. A campanha começará em 1 de novembro e terminará no dia 20, quatro dias antes de os guineenses irem às urnas.
*Reportagem de Amatijane Candé, correspondente da ONU News em Bissau.