Libéria tenta desvendar doença misteriosa que já matou 11 no país
Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que 19 pessoas foram afetadas; testes para ébola deram negativo.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.*
A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou ter recebido, a 25 de abril, registos das autoridades de saúde da Libéria sobre casos de doença e mortes inexplicadas no hospital Francis Grant, na província de Sinoe.
De carro, o local fica a 4,5 horas a sudeste da capital Monrovia. De acordo com o informe, desde o dia 24, 19 pessoas foram afetadas: 11 morreram e cinco estão atualmente hospitalizadas, entre elas duas em estado crítico. O restante dos paciente já teve alta.
Ébola
A maioria das pessoas atingidas tem menos de 21 anos de idade. Os sintomas incluem febre, vômito, dor de cabeça e diarreia.
Amostras dos sete pacientes que morreram foram enviadas para o laboratório nacional e todas testaram negativo para o ébola.
Resposta e investigação
Equipas de resposta rápida foram reativadas com apoio técnico e logístico da OMS e parceiros. Os grupos estão a investigar relatos a ligar os casos com a presença num funeral de um líder religioso.
Mais testes estão a ser realizados para determinar a causa da doença e das mortes. As equipas de investigação estão a tentar descobrir se a enfermidade pode estar em relação com o consumo de alguma comida ou bebida e se houve exposição a algum agente químico ou bactéria.
As medidas de resposta incluem isolamento preventivo dos casos, investigações epidemiológicas, consultas com líderes comunitários dos locais afetados, mobilização social a encorajar pessoas a procurarem serviços médicos se estiverem doentes.
A OMS cita ainda que profissionais de saúde no hospital estão a usar equipamento pessoal de proteção e amostras de água estão a ser coletadas para teste.
*Apresentação: Denise Costa.
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