OMS prevê mais casos de ébola nos próximos meses na África Ocidental

Guiné-Conacri e Libéria já registaram mais de 124 mortes; agência não recomenda a aplicação de qualquer restrição de viagem ou comercial para as nações afetadas. 

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, disse esperar mais casos do vírus ébola durante mais alguns meses, ao alertar para os vários períodos de incubação.

A informação foi dada esta terça-feira, em Genebra, pelo diretor-geral assistente da agência para a Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Keija Fukuda considerou prematuro falar de uma diminuição.

Guiné-Conacri e Libéria

O representante disse tratar-se de um dos mais desafiadores surtos de ébola já vistos e apontou o registo de casos na Guiné-Conacri e na Libéria.

A previsão é que os próximos dois a quatro meses, continuem ser registados casos da doença que até esta terça-feira teve 157 casos e 101 mortos na Guiné-Conacri.

Confirmação

O segundo mais afetado é a vizinha Libéria com 23 casos e sete óbitos. A agência disse não haver confirmação de doentes na Serra Leoa, no Gana e no Mali.

Keija Fukuda disse que o ébola é uma doença grave, mas também destacou a possibilidade de controlar a infecção com medidas de saúde pública. Uma delas é o diagnóstico precoce.

Prevenção

Um especialista da agência está na Guiné-Conacri fazendo campanha em emissoras de rádio para informar sobre a prevenção. Mais de 50 pessoas foram enviadas para trabalhar com a agência.

O chefe do Departamento Global de Prevenção, Vigilância e Resposta na OMS, Stéphane Hugonnet, retornou do país no fim de semana.

Enterros

Durante o encontro, considerou importante que haja um certo equilíbrio  entre enterros seguros e o que chamou “enterros humanitários” devida atenção à família, a tradição.

A agência não recomenda a aplicação de qualquer restrição de viagem ou comercial a países como Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa ou Mali com base a informação relativa ao surto.