Na Guiné, Ban diz que esforços reduziram propagação do ebola
Secretário-geral afirmou que muito ainda precisa ser feito para erradicar o vírus; ele disse que a doença continua se espalhando e representa uma ameaça a todos os guineenses.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse, este sábado na Guiné, que os esforços nacionais, regionais e globais conseguiram reduzir o ritmo de propagação do ebola na África Ocidental.
Ao lado do presidente guineense, Alpha Condé, Ban afirmou que graças a determinação das autoridades do país, da mobilização da população e de parceiros mundiais, a transmissão do vírus diminuiu em algumas regiões da Guiné.
Esperança
O chefe da ONU está acompanhado da diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, pelo enviado especial para o Ebola, David Nabarro e pelo chefe da Unmeer, Anthony Banbury.
Falando a jornalistas em Conacri, a capital, o chefe da ONU afirmou que os esforços deram esperança a milhares de pessoas.
Ao mesmo tempo, Ban declarou "que muito ainda precisa ser feito. O ebola continua se propagando pela região e representa um sério risco para os guineenses".
Ele disse ainda que a Missão da ONU de Resposta de Emergência ao Ebola, Unmeer, e seus parceiros estão no país para ajudar a população e deixou claro que nunca foi tão importante trabalhar junto para derrotar a doença.
Ban afirmou "que as Nações Unidas vão apoiar a Guiné até que a doença esteja controlada e o país se recupere dos efeitos devastadores da epidemia".
África Ocidental
O secretário-geral está visitando a região da África Ocidental desde quinta-feira numa missão de solidariedade e para mostrar apoio aos povos e aos governos dos países atingidos pelo surto.
Depois de passar pela base da Unmeer em Acra, capital de Gana, Ban viajou para Libéria e Serra Leoa nesta sexta-feira. Neste sábado, ele começou o dia na Guiné e terminou no Mali.
O secretário-geral se reuniu com o presidente Ibrahim Boubacar Keita na capital, Bamako.
Ban elogiou a reação rápida e determinada do governo para lidar com os casos de ebola que surgiram no país.
Os dois líderes concordaram sobre a importância de manter a vigilância contra a ameaça do vírus na região e de continuar fortalecendo os sistemas nacionais de prontidão.
Em seu último boletim, a OMS informou que foram registrados 19031 casos de ebola na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa. Até agora, a doença matou 7373 pessoas.