Produção industrial mundial subiu 3,3% no último trimestre de 2013
Tunísia e Marrocos puxados pelo desempenho positivo europeu; Unido destaca aumento da produção automobilística nos países industrializados; demanda doméstica confere liderança chinesa nas economias em desenvolvimento.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A produção industrial mundial registou um crescimento de 3,3% no último trimestre do ano passado, graças ao impulso dado pela recuperação nos países industrializados.
A informação foi divulgada pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Unido.
Tunísia e Marrocos
Em África, o destaque vai para o desempenho da Tunísia, com 6,9%, seguido pelo Marrocos, com 4,2%. A prestação dos países do norte do continente é vista como um reflexo da recuperação na Europa.
Mas a instabilidade política prevalecente no Egito ditou uma queda do país em 2,6%, refere a agência.
Influência Positiva
Para este ano, a Unido prevê uma melhoria das perspetivas do crescimento industrial mundial, que deve ter uma influência positiva na produção global. A posição é sustentada pela evolução em todas as áreas industrializadas do leste da Ásia, da Europa e da América do Norte.
Entretanto, a agência frisa que várias economias em desenvolvimento ainda estão por colher os benefícios da recuperação nos países industrializados, por registarem um baixo crescimento depois da recessão.
Consumidores
O atual crescimento industrial nos países industrializados é tido como resultado do aumento dos gastos dos consumidores em produtos duráveis.
O destaque vai para o aumento da produção automobilística, que na França por exemplo atingiu 8,2%. Em evidência no setor também estiveram a Itália, o Reino Unido, o Japão e os Estados Unidos.
Aparelhos Electrónicos
As outras áreas que registaram crescimento foram a produção de máquinas de uso geral, aparelhos eletrónicos e produtos eletrónicos para uso doméstico.
Com um aumento de 10%, a China evidenciou-se na produção industrial das economias em desenvolvimento e emergentes principalmente graças à demanda doméstica. Nas outras economias do grupo foi registada uma queda abaixo de 1%.