ONU condena morte de 19 iraquianos com explosivos improvisados
Neste ano, engenhos mataram mais de 800 e fizeram o dobro de feridos no país; Missão da ONU no país diz que 16 mulheres e crianças estão entre os que perderam a vida neste domingo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, Unama, condenou, esta segunda-feira, o ataque que matou 19 civis que viajavam num miniautocarro na província sul-oriental de Ghazni.
Uma nota da agência refere que 16 mulheres e crianças estavam entre os mortos neste domingo, quando um engenho explosivo improvisado foi detonado no distrito de Andar. Outras quatro mulheres sofreram ferimentos graves.
Aumento
O representante do Secretário Geral no país, Jan Kubis, disse que o acontecimento destaca o “trágico aumento do número de mortes de civis devido ao uso do tipo de explosivos no Afeganistão.” O também chefe da missão da ONU pediu a cessação do uso indiscriminado do armamento.
Após endereçar condolências às famílias dos que perderam a vida no ataque e a rápida recuperação dos feridos, o chefe da missão informou que os dispositivos matam e ferem mais civis do que qualquer outra tática de conflito armado do país.
Crimes de Guerra
Entre 1 de janeiro a 27 de outubro deste ano, a Unama contabilizou 828 mortos e outros 1,6 mil civis feridos, no que correspondem a mais de um terço das mortes no conflito.
A missão ressalta que o uso indiscriminado e desproporcional dos dispositivos pode ser considerado crime de guerra.