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ONU quer usar o poder do desporto para acabar com o racismo

ONU quer usar o poder do desporto para acabar com o racismo

Ban Ki-moon diz que atividade universal reafirma os direitos humanos; esta quinta-feira é celebrado o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

As Nações Unidas marcam esta quinta-feira o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Em mensagem, o Secretário-Geral disse que este ano, a data “centra-se na ideia de usar o poder do desporto para acabar com a aflição do racismo.”

Segundo Ban Ki-moon, é “uma oportunidade para realçar o contraste entre os valores positivos do desporto e os incidentes desprezíveis do racismo”, que deixam cicatrizes até mesmo em competições internacionais.

Valores

Ban defende o desporto como uma atividade universal que pode reafirmar os direitos humanos e lembra que o combate ao racismo está no cerne da Carta da ONU.

O Secretário-Geral acredita ser possível fazer progressos por meio da promoção de valores, como igualdade e não-discriminação, através do desporto.

África do Sul

A data de 21 de março foi escolhida para marcar o aniversário do massacre de Sharpeville, em 1960. Na ocasião, 69 manifestantes desarmados foram mortos pela polícia sul-africana quando protestavam contra as leis do apartheid naquele país.

Ban Ki-moon disse que “nunca poderemos esquecer” daquelas vítimas e que desde o fim do apartheid, já se verificaram outros avanços importantes. O Secretário-Geral mencionou a criação de um quadro internacional de combate ao racismo e sistemas nacionais de proteção.

Ameaça

Mas Ban lembra que o racismo “continua a ser uma ameaça generalizada para indivíduos e grupos étnicos e religiosos em todo o mundo”, além de ameaçar a estabilidade e ser uma grave violação dos direitos humanos.

Por fim, o Secretário-Geral disse ser necessário “unir forças para acabar com o racismo e o desporto pode ajudar a atingir esse objetivo.

Segundo o Escritório da ONU sobre Desporto para Desenvolvimento e Paz, atividades desportivas que incorporam autodisciplina, respeito pelo adversário, competição justa e trabalho em equipa, podem ajudam a integrar grupos marginalizados e prevenir tensões sociais e conflitos.

*Apresentação: Denise Costa.