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Situação das cheias em Moçambique acompanhada pela ONU

Situação das cheias em Moçambique acompanhada pela ONU

Drama de mulher que deu parto em cima do teto em Chókwe testemunhado por correspondente da Rádio ONU; Pelo menos 17 pessoas morreram e cerca de 50 mil foram afetadas pelo fenómeno.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, anunciou que está a acompanhar de perto a situação das cheias em Moçambique.

Pelo menos 17 pessoas morreram e cerca de 50 mil foram afetadas pelo fenómeno, causado pelo fluxo de água das terras altas da África do Sul e Zimbabué. Cerca de 3 mil casas foram destruídas.

Chókwe

De acordo com o escritório, mais de 15 mil pessoas deixaram as suas casas nos distritos de Chókwe e Guijá, na província de Gaza no sul.

Parto no Teto

O drama das inundações inclui o de uma mulher seropositiva, que deu parto no teto de uma casa em Chókwe, a área mais afetada.

O correspondente da Rádio ONU em Maputo, Amâncio Miguel, conta a história Hortênsia, de 25 anos, com quem teve contacto após ter visitado um acampamento que acolhe vítimas das inundações, nesta sexta-feira.

Acampamento

“Esta senhora foi levada, depois, através de boleias, para o centro de de Xihakelane onde começou a receber alguma assistência. É uma senhora, que vive positivamente, deve ter assistência acrescida mas o bebé passou pelo menos dois dias sem nenhuma alimentação. Com base na avaliação feita, as agências da ONU estão a dar assistência nas áreas mais preocupantes do momento que são alimentação, higiene, saneamento e saúde.

Estima-se que cinco pessoas morreram e que cerca de 30 mil pessoas precisam ser evacuadas desde que as autoridades declararam o alerta vermelho na última terça-feira.

Abrigos Temporários

De acordo com a ONU, decorrem operações de evacuação nos dois distritos mais afetados. Mais de 10 mil pessoas em situação de risco foram transferidas para quatro abrigos temporários em terras altas.

Na capital moçambicana, Maputo, o Ocha refere que as vítimas recebem comida e produtos não-alimentares em nove abrigos temporários.