Secretário-Geral diz que não existe solução militar para a RD Congo
Ban fala que “opções concretas” devem ser consideradas; leste do país é considerado o “lugar mais perigoso para ser mulher”.
Camilo Malheiros Freire, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Secretário-Geral da ONU afirmou nesta quinta-feira, que “não há solução militar para a crise na República Democrática do Congo”, RD Congo.
Ban Ki-moon acrescentou que tanto a soberania como a integridade territorial do país são “invioláveis” e que devem ser “respeitadas por todas as nações vizinhas.”
Integração
Ban Ki-moon disse que “opções concretas” devem ser consideradas no lugar de ações militares, e ressaltou que a resolução deve ser “pacífica, baseada no diálogo reforçado, integração aprofundada, e construção da confiança regional.”
Desde Abril, quase 300 mil pessoas fugiram da região, após o início do que o Secretário-Geral chamou de “campanha do terror”, por parte do grupo armado“M23”, ao qual é atribuída a responsabilidade por vários abusos.
Justiça
Ban defendeu que “os que violaram os direitos humanos devem ser levados à justiça, tendo referido que a insegurança também aumentou em outras áreas do Kivu, com o “aproveitamento da situação instável por outros grupos armados.”
O Secretário-Geral lembrou que o país chegou a ser considerado “lugar mais perigoso no mundo para ser mulher” e descreveu a situação humanitária como “alarmante, marcada por abusos sexuais e assassinatos”.
*Apresentação: Eleutério Guevane.