Exclusão de ciganos persiste na Europa, aponta Pnud
Segundo pesquisa, eles sofrem discriminação e não estão conscientes dos seus direitos; foram entrevistados ciganos que vivem em 11 países, incluindo Portugal.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A maioria dos ciganos ainda enfrenta discriminação e exclusão social em países da União Europeia, aponta um estudo do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.
Foram entrevistados ciganos em 11 países, como Portugal, Grécia, Itália, Espanha e República Checa. Segundo o Pnud, a situação destes é pior do que a dos não-ciganos que vivem em áreas proximas.
Emprego e Moradia
De acordo com a pesquisa, os ciganos não conhecem os seus direitos, garantidos pelas leis da União Europeia. Além disso, a situação deles é pior em áreas como emprego, educação, saúde e moradia.
O Pnud destaca alguns pontos do estudo: menos de um terço dos ciganos tem um emprego pago e quase metade vive em casas onde não há cozinha, banheiro ou eletricidade.
Fome
Em média, 40% dos entrevistados vivem em um lar onde alguém da família foi dormir com fome pelo menos uma vez no mês passado, porque não havia dinheiro para comprar comida suficiente.
O conselheiro político do Pnud, Andrey Ivanov, disse que “os desafios enfrentados pelos ciganos são tão graves que requerem uma solução certeira.”
A pesquisa foi feita pelo Pnud, em parceria com o Banco Mundial, a Comissão Europeia e a Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais.