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Autoridades de transição querem examinar migrantes subsaarianos na Líbia

Autoridades de transição querem examinar migrantes subsaarianos na Líbia

De acordo com a OIM, suspeita-se da existência de mercenários entre milhares de migrantes que estavam prestes a ser evacuados do campo de Sebha.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou nesta sexta-feira o adiamento da evacuação de cerca de 3 mil migrantes da África Subsaariana, isolados na cidade líbia de Sebha.

A medida surge quando ocorrem relatos de uma possível presença de mercenários entre o grupo. A agência aponta que o Conselho Nacional de Transição da Líbia insiste em escrutinar os migrantes, antes da sua evacuação para a capital, Trípoli.

Adiamento

Esforços anteriores pela OIM para transportar os migrantes por via aérea foram adiados devido a intensos combates em Sebha.

De acordo com o porta-voz da agência em Genebra, Jumbe Omari Jumbe, a OIM estava ciente da possível presença de mercenários entre os migrantes.

Documentos

Jumbe apontou como principal dificuldade o facto da maioria dos migrantes, particularmente da África Subsariana, não ter documentos como passaportes e outros, estando dependentes da assistência das embaixadas.

A OIM indica que os migrantes abrigados de Sebha são na sua maioria chadianos, mas incluem somalis, eritreus, nigerianos, jordanianos, egípcios e paquistaneses.