Migrantes africanos enviaram US$ 40 mil milhões para casa
Africanos na diáspora ascendem os 30 milhões; governos devem fazer mais para tirar pleno benefício do fenómeno, recomendam o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Cerca de US$ 40 mil milhões provenientes de receitas de migrantes africanos, em 2010, ajudaram a reduzir a pobreza a nível comunitário, indica o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
O relatório "Alavancando a Migração para África: Receitas, Habilidades e Investimentos", apresentado em Roma, foi elaborado com o apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura, Fida.
Aumento de Investimento
O documento sugere que as receitas dos migrantes conduziram ao aumento do investimento na saúde, educação e habitação. As diásporas também providenciam "capital, comércio, conhecimento e transferência tecnológica."
De acordo com a pesquisa, dois terços migrantes subsaarianos, particularmente os mais pobres, movimentam-se no interior da região, enquanto 90% dos migrantes do norte de África deslocaram-se para fora do continente.
Fluxos Migratórios
A França aparece como destino preferencial dos africanos com 9%, seguida da Cote d'Ivoire e África do Sul com 6%. O fluxo migratório para a Arábia Saudita corresponde a 5%, seguido do Reino Unido com 4%.
O relatório defende que mais de 30 milhões de africanos vivem fora dos seus países e a migração continua "uma tábua de salvação vital para o continente."