Tribunal de Haia poderá apurar violações na Costa do Marfim
Em comunicado, promotor-chefe do TPI, Luis Moreno Ocampo, disse que ação iria investigar morte de civis no país africano durante violência pós-eleitoral.
Eleuterio Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A promotoria do Tribunal Penal Internacional, TPI, em Haia, informou que poderá abrir uma investigação sobre violações e assassinatos "generalizados e sistemáticos" na Costa do Marfim.
A medida deverá "apurar relatos de mortes de civis" pelos lados que participam do conflito. A nota emitida em nome do promotor-chefe do TPI, Luis Moreno Ocampo, sugere que um exame preliminar está sendo feito, "tendo como passo seguinte o uso dos poderes independentes do promotor para pedir autorização para o pré-julgamento em Haia."
Comunidade Internacional
A violência política na Costa do Marfim começou no ano passado após o resultado das eleições presidenciais, que teriam dado vitória ao líder da oposição, Alassane Ouattara. O presidente Laurent Gbagbo recusou-se a deixar o posto. Ouattara foi reconhecido pela comunidade internacional como o vencedor. Os dois tomaram posse, em eventos separados.
Nos últimos dias, forças pró-Ouattara intensificaram a ofensiva para forçar Gbagbo a abandonar o poder.
Durante o fim de semana, centenas de pessoas morreram na operação, mas as forças de Ouattara negam as informações.
A violência já causou 1 milhão de refugiados na Costa do Marfim.
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.