ONU quer proteção contra discriminação racial na Líbia
Comissão sobre o tema pediu ajuda da comunidade internacional para combater preconceito contra minorias e estrangeiros no país africano.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A Comissão das Nações Unidas sobre Discriminação Racial pediu à comunidade internacional medidas de proteção a estrangeiros, trabalhadores migrantes, refugiados e outros grupos minoritários na Líbia.
Num comunicado conjunto, os relatores da ONU disseram estar alarmados com a violência política no país e a situação de estrangeiros e pessoas vulneráveis. De acordo com agências de notícias, africanos subsaarianos estariam sendo alvo de ataques por rumores de que eles estariam atuando como mercenários.
Manifestantes
O grupo condenou o uso da força contra manifestantes que pedem a saída do líder Muammar Kadafi do poder. Os peritos pediram ainda que as pessoas que estão tentando fugir da violência possam entrar nos países vizinhos.
O número de refugiados já ultrapassa 140 mil. A maioria está fugindo para a Tunísia e para o Egito.
Nesta quarta-feira, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, lançou um apelo de emergência de US$ 40 milhões, equivalentes a R$ 68 milhões, para levar comida a 2,7 milhões de pessoas na Líbia, no Egito e na Tunísia.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, e a Organização Internacional para Migrações, OIM, lançaram um pedido de urgência a governos para uma evacuação de dezenas de milhares de egípcios e outros cidadãos que fugiram para a Tunísia.
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.