Presença de “forças negativas” é desafio para os países dos Grandes Lagos
Região africana foi tema de encontro no Conselho de Segurança; enviado especial Said Djinnit destacou situação na RD Congo e presença do Spla na oposição, que está aumentando tensões.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A situação nos Grandes Lagos mereceu a atenção do Conselho de Segurança esta quarta-feira, quando o órgão realizou uma reunião sobre a região africana. O enviado especial da ONU participou e afirmou que grandes desafios permanecem na área.
Said Djinnit está especialmente preocupado com a presença na República Democrática do Congo do que chamou de “forças negativas”. Estão a atuar no leste do país os elementos do Exército de Libertação do Povo do Sudão na oposição, o que está a aumentar ainda mais as tensões.
Angola
Djinnit nota, entretanto, progressos na cooperação entre o Exército Congolês e a Missão da ONU no país.
Outro destaque de seu discurso no Conselho de Segurança foi sua recente viagem a Angola, para uma reunião sobre o Mecanismo Regional de Supervisão do Acordo-Quadro para a Paz na RD Congo, dirigida pelo presidente Eduardo dos Santos.
Said Djinnit agradeceu ao presidente angolano pelo sucesso do encontro em Luanda. O enviado destacou que a reunião foi importante para acelerar o processo de implementação do documento, que tem em vista mais ação dos países da região em prol da segurança na República Democrática do Congo.
Fragilidade
Outro ponto de avanço é o reforço da cooperação judicial nos Grandes Lagos e a investigação de casos de violações de direitos humanos, a incluir violência sexual.
Segundo o enviado especial da ONU, a região precisa receber mais apoio, desde o Burundi até a República Centro-Africana. Djinnit vê este apoio como crucial, uma vez que desafios ligados às eleições em vários países e à segurança continuam a ressaltar a fragilidade dos Grandes Lagos.