Secretário-geral pede investigação imediata de atos de violência no Burundi
Ban Ki-moon condenou o assassinato do general de brigada Athanase Kararuza, sua esposa e filha em Bujumbura esta segunda-feira; em nota, chefe da ONU destacou que processo político é a única forma de levar o país de volta ao caminho de paz e da reconciliação nacional.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o assassinato do general de brigada Athanase Kararuza, de sua esposa e de sua filha esta segunda-feira em Bujumbura, capital do Burundi.
O representante havia servido em altos cargos tanto na Missão Integrada de Estabilização Multidimensional das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, quanto na Missão de Apoio ao país liderada pela União Africana, Misca.
Motivação Política
A nota emitida pelo porta-voz do chefe da ONU ressalta que o assassinato do general de brigada Kararuza acontece na sequência de diversos casos de tentativas de assassinato por motivações políticas no Burundi, nas últimas semanas.
O comunicado cita o ataque, no domingo, ao ministro de Direitos Humanos, Assuntos Sociais e Género, Martin Nivyabandi, assim como outros a integrantes proeminentes das forças de segurança.
Investigação Rigorosa
Segundo a nota, estes atos de violência servem a um único propósito: piorar a situação já volátil no Burundi.
O secretário-geral fez um apelo por uma investigação “rigorosa e imediata” destes acontecimentos.
Processo Político
Ban destacou ainda que um processo político é a única forma de os burundeses levarem seu país de volta ao caminho da paz e da reconciliação nacional.
O chefe da ONU pediu a todos os líderes políticos, incluindo os que estão no exílio, que “renunciem firmemente” ao uso da violência na busca de seus objetivos e se comprometam com um diálogo inclusivo e genuíno.
As Nações Unidas vão continuar a fornecer todo o seu apoio e assistência a todas as ações com vista a promoção de uma solução pacífica no Burundi.
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