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ONU debate futebol como meio de inclusão social

ONU debate futebol como meio de inclusão social

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Reunião no Conselho de Tutela contou com a presença do jogador de futebol Cafú; evento discutiu ainda a importância de grandes eventos esportivos como ferramenta para o desenvolvimento sustentável.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU realizou esta terça-feira um debate no Conselho de Tutela sobre o Valor de se Realizar Grandes Eventos Esportivos como Ferramenta para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental Sustentável.

O encontro contou com a presença do jogador brasileiro Cafú, que falou sobre o futebol como meio de inclusão.

Cultura

Em entrevista à Rádio ONU, em Nova York, Cafú comentou sobre a importância da reunião.

“Esses grande eventos servem para que você possa incluir as crianças através da sociedade, serve para que você possa ter a inclusão de culturas completamente diferentes. Você vê que através de grandes eventos você acaba reunindo todos os países, isso é ótimo. São pessoas aprendendo, o nível de cultura aumentando, são pessoas passando suas culturas diferentes para outros países. Tem que existir mais debates desse tipo em todos os países para que realmente nós possamos conscientizar que através dessa ferramenta chamada esporte, principalmente futebol, nós podemos incluir muita gente na sociedade na maneira do bem.”

Cafú falou sobre as dificuldades que encontrou até alcançar o sucesso. Apesar de ter sido bicampeão do mundo com a seleção brasileira em 1994 e 2002, ele disse que no início da carreira foi reprovado em 12 testes em clubes.

Confiança

Mesmo assim, Cafú disse que nunca perdeu a confiança na capacidade que tinha e por isso se tornou o jogador de futebol que é hoje.

Ele falou também sobre o que falta a essa nova geração para praticar um esporte.

“Falta incentivo e facilidade para que as crianças possam usufruir disso tudo. Não adianta você dar incentivo e não dar capacidade para que ela possa usufruir. As vezes a criança não tem 50 centavos para pegar uma condução para ir a um treinamento, falta essa sincronização entre incentivo, entre capacidade, entre centros mais próximos das comunidades mais carentes, onde as crianças não precisam se locomover por uma hora e meia, para que você possa usufruir do futebol.”

Para resolver essa situação, Cafú disse que “falta concientização, força de vontade e o querer fazer”. Segundo ele, “se isso for feito será possível mudar não só a vida de uma criança, mas transformar a família de uma criança numa família do bem”.

Para Cafú, hoje “as crianças precisam de bons exemplos e os bons exemplos estão cada vez mais escassos”.

Photo Credit
Cafú no Conselho de Tutela das Nações Unidas. Foto: ONU/Eskinder Debebe