Dominica: Guterres relata “dramática devastação” após furacão Maria
Secretário-geral contou que viu floresta da ilha caribenha “completamente dizimada e sem uma única folha nas árvores”; chefe da ONU elogiou resposta eficaz e resiliência das comunidades.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.O secretário-geral das Nações Unidas esteve este domingo em Dominica como parte da visita de solidariedade às ilhas caribenhas afetadas por furacões em setembro. Falando a jornalistas, António Guterres explicou porque ficou impressionado com a visita.
O chefe da ONU disse nunca ter visto “devastação dramática” e sistemática ao contar o cenário de uma “floresta completamente dizimada e sem uma única folha nas árvores”.
Território
Guterres declarou que estava no local depois de visitado Barbuda, onde viu a maioria das casas destruídas na pequena ilha ligada a Antígua, que poderá dar ajuda ao território afetado.
Em Domínica disse ter visto uma resposta eficaz do governo e do povo, bem como a resiliência das comunidades. O secretário-geral declarou que a resposta dada é diferente daquela que pode ser observada logo após uma tempestade desse tipo.
Foi a 18 de setembro que a ilha de Dominica foi abalada pelo sétimo furacão da temporada, considerada a quarta tormenta de grandes proporções na região após as passagens de “Harvey”, “Irma” e “José”. Os ventos do furacão de categoria 5 ultrapassaram os 250 km/h e mais de 70% das casas teriam perdido os tetos.
Intensidade
Guterres afirmou que a sua preocupação é assegurar apoios diante da intensidade dos furacões na região que não é acidental, mas resultado das alterações climáticas. Ele afirmou que nunca foram observadas tormentas com a intensidade e o impacto atuais.
Assistência
Guterres observou a destruição ao sobrevoar de helicóptero da capital, Roseau, para Salybia no território Kalinago. Na área encontrou-se com autoridades locais e membros da comunidade durante a distribuição de assistência.
Na capital de Dominica, o chefe da ONU reuniu-se com o primeiro-ministro Roosevelt Skerrit e os membros do seu governo, com a equipa da ONU e com ONGs parceiras num centro de coordenação da resposta ao desastre.
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