Jerusalém: Guterres reafirma combate ao antissemitismo
Secretário-geral destacou que testemunho de sobreviventes deve ser repetido por todos; chefe da ONU citou expulsão dos judeus em Portugal no Século XVI como o momento mais mais trágico de todos do antissemitismo no país.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O secretário-geral visitou esta segunda-feira o Yad Vashem, um memorial em homenagem às vítimas do Holocausto em Jerusalém.
António Guterres disse a jornalistas que tratava-se de um tributo ao povo judeu, “vítima do mais horrível crime contra a humanidade na história da raça humana”.
Gerações
O chefe da ONU destacou ainda que o local homenageia a coragem dos sobreviventes e que seu testemunho deve repetido por todos “para garantir que as futuras gerações nunca se esqueçam do Holocausto”.
Guterres afirmou que o Holocausto não foi uma “louca iniciativa de um grupo de nazistas paranoicos, mas a combinação de milénios de perseguição e discriminação do povo judeu no que se chama antissemitismo.”
Ele disse que o preconceito foi vivido no seu próprio país de onde se lembrou que o momento mais mais trágico de todos foi a expulsão dos judeus no início do século XVI.
Discriminação

O chefe da ONU disse ter ficado chocado há alguns dias atrás ao ouvir um grupo de neonazistas num país desenvolvido no mundo cantando "sangue e solo" – um slogan dos nazistas.
O secretário-geral considera esse ato uma demonstração dramática do dever de se fazer todo o possível e para se combater o antissemitismo em todas as suas expressões. Ele prometeu que no mandato assumiu plenamente o compromisso de fazer todo o possível nesse sentido.
Guterres disse ainda que está realmente empenhado em combater o antissemitismo, o racismo, a xenofobia, o ódio anti-muçulmano e todas as outras formas de fanatismo.
António Guterres reuniu-se com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu após um encontro com o presidente israelita Reuven Rivlin.