Portugal quer ação global para mudar essa realidade; embaixador português falou à ONU News de proposta de declaração política preparada para Conferência dos Oceanos que ocorre entre 5 e 7 de junho.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

Portugal alerta para “uma grande falta de conhecimento” sobre os mares na preparação da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que acontece na próxima semana.

O embaixador português junto às Nações Unidas, Álvaro Mendonça e Moura, disse à ONU News, em Nova Iorque, que saber mais sobre o tema é um assunto que deve ser levado mais a sério.

Desconhecimento

“Há hoje maior conhecimento sobre a lua do que sobre os oceanos, o que é uma coisa extraordinária quando os oceanos representam três quartos do planeta e fornecem-nos 50% do oxigênio que nós respiramos. Os oceanos garantem a absorção de 25% do dióxido de carbono que nós produzimos. Apesar disso há um enorme desconhecimento sobre os oceanos. A primeira ideia é que nós temos que aumentar o conhecimento sobre os oceanos.”

O diplomata falou da participação portuguesa na preparação do documento final com foco na área política. A meta é acabar com os desequilíbrios e com o risco de se chegar “a ter tantos plásticos nos oceanos como peixes.”

Exploração

“Temos que aumentar o conhecimento dos oceanos para que as pessoas tenham conta da importância que há de atuar em termos preventivos sobre os oceanos e em termos que tornar a exploração dos oceanos sustentável. Portanto, conservar e explorar sustentavelmente. Essa é a primeira grande ideia que sai da declaração política.”

O diplomata disse haver esperança que a economia azul e as economias dos mares tornem possível realizar atividades que criem empregos. Um fator de atração para jovens é a defesa do planeta.

Antes do evento, agências das Nações Unidas, governos e entidades da sociedade civil apresentam compromissos voluntários para a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 com metas sobre oceanos.

*Apresentação: Laura Gelbert.