Síria: novo fracasso nas conversações causará mais mortes
Enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, fez a declaração durante agradecimento às delegações sírias por participarem da reunião em Genebra: ele pediu que elas cheguem a um consenso para resolver a guerra no país.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, agradeceu às partes envolvidas no conflito na Síria por participarem das conversações de paz em Genebra com o objetivo de pôr um fim à guerra no país.
No discurso de boas vindas às delegações sírias, de Mistura afirmou que “todos sabem o que vai acontecer se houver um fracasso novamente” em chegar a um acordo.
Consequências
O representante da ONU disse que as consequências vão ser “mais mortes, mais sofrimento, mais atrocidades, mais terrorismo e mais refugiados”. Ele reafirmou que não há solução militar para a crise, somente uma solução política.
De Mistura apelou a todos que implementem a resolução do Conselho de Segurança 2254, que determina o engajamento dos dois lados em um processo formal de negociações para uma transição política. Ele disse que não será fácil, mas é necessário começar imediatamente.
Staffan de Mistura afirmou que o “povo sírio busca desesperadamente o fim do conflito e todos os participantes sabem disso”. Ele falou ainda sobre a importância da presença das mulheres no processo para solucionar a crise.
Responsabilidade histórica
De Mistura disse que as delegações têm a oportunidade e a responsabilidade histórica de “não condenar as futuras gerações de crianças sírias a longos anos de conflitos crueis e sangrentos”.
Segundo ele, ninguém pode esquecer que o “conflito lançou uma sombra por toda a região e sobre a ordem internacional”.
Nesse sentido, de Mistura agradeceu também a participação do Conselho de Segurança e do Grupo de Apoio Internacional para a Síria, representado pelos co-presidentes, Estados Unidos e Rússia, nesse processo.
O enviado citou também os esforços para as conversações de Astana, no Cazaquistão, onde as partes sírias chegaram a um acordo de cessar-fogo. Ele agradeceu a ajuda da Rússia, da Turquia, do Irã e do Cazaquistão para preparar o documento.
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