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1,8 milhão de sírios em Alepo sem acesso à água

1,8 milhão de sírios em Alepo sem acesso à água

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ONU alerta que população vive na parte da cidade controlada pelo Isil; comboios das Nações Unidas e da Cruz Vermelha levaram ajuda de emergência para 84 mil pessoas em Homs.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

A ONU afirmou que desde 14 de janeiro, 1,8 milhão de pessoas não têm acesso à água no leste de Alepo e também na área rural da cidade síria.

A região está sob o controle do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, também chamado de Daesh.

Cruz Vermelha

Falando a jornalistas em Nova Iorque, o porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric, disse que a organização continua respondendo à crise levando combustível para as bombas que retiram água de 100 poços profundos.

A ONU apoia também o envio de caminhões-pipa que levam água para quase 1 milhão de pessoas.

As Nações Unidas, a Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho Árabe estão enviando comboios carregados de comida e suprimentos de saúde e higiene para 84 mil pessoas em Talbiseh, área rural de difícil acesso perto de Homs.

Acesso total

A última vez em que qualquer tipo de ajuda chegou à região foi em setembro do ano passado. Este comboio é o primeiro a realizar entrega de assistência neste mês e apenas o segundo a atravessar as faixas de controle desde primeiro de janeiro deste ano.

A ONU continua pedindo a todas as partes do conflito acesso total, incondicional e contínuo aos 4,7 milhões de sírios que vivem em áreas de difícil acesso por todo o país. Mais de 600 mil estão em zonas sitiadas.

O coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, Stephen O’Brien, encerrou esta segunda-feira dois dias de visita à Jordânia. O país é o terceiro na lista de nações que mais abrigam refugiados sírios no Oriente Médio.

Além de se reunir com várias autoridades do governo jordaniano, O’Brien esteve no acampamento para refugiados de Azraq.

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Homem e crianças carregam águas coletadas em ponto de distribuição apoiado pelo Unicef no leste de Alepo. Foto: Unicef/Khuder Al-Issa