ONU pede que seja dada uma chance à paz em Alepo
Coordenador residente interino na Síria disse que apesar dos danos extremos em Alepo, trabalhadores de ajuda estão vendo sinais de otimismo e esperança.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
O coordenador residente interino da ONU na Síria, Sajjad Malik, afirmou esta quarta-feira que apesar dos danos serem “extremos” em Alepo, os trabalhadores de ajuda estão inspirados com sinais de “otimismo e esperança”.
Falando de Alepo por telefone, a jornalistas em Nova Iorque, Malik disse que “as crianças estão saindo dos prédios destruídos e brincando nos destroços”.
Chance
Ele pediu que “seja dada uma chance à paz”. Na sua opinião, é importante não “esmagar as esperanças da população novamente” e se “existir alguma questão não resolvida, que os lados envolvidos no conflito lidem de uma forma diferente para que a paz continue”.
Apesar de as agências da ONU não informarem o número exato de pessoas ainda vivendo na cidade, o coordenador residente interino calcula que 1,5 milhão de pessoas estão em Alepo, incluindo 400 mil deslocados internos.
Antes da crise, a cidade tinha 4 milhões de habitantes. Segundo Malik, 106 funcionários da ONU estão indo diariamente à região leste da cidade.
Estimativas
Segundo as estimativas do representante das Nações Unidas, 1,1 milhão de pessoas na região têm acesso à água potável, sete clínicas móveis estão dando apoio médico à população.
Ele disse que 10 mil crianças foram vacinadas contra a pólio, mais de mil menores feridos foram transferidos para hospitais e 20 mil pessoas estão recebendo alimentação diária.
Malik declarou que os destroços precisam ser retirados e que 2,2 mil famílias voltaram à cidade.
O coordenador interino afirmou que muitas crianças em Alepo passaram quatro ou cinco anos sem frequentar uma sala de aula e precisam urgentemente de apoio psicológico.