República Centro-Africana e Nigéria têm mais de 360 mil refugiados no país; valor poderá ajudar a cobrir necessidades de 40% dos carenciados em 2017; pelo menos 200 mil crianças sofrem de desnutrição no país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

As Nações Unidas apoiam um plano de US$ 310 milhões para oferecer ajuda humanitária essencial a 1,2 milhão de beneficiários nos Camarões. Em 2017, cerca de 3 milhões de pessoas poderão precisar de assistência.

Os maiores destinos do auxílio são as regiões norte e leste do país. Cerca de 360 mil refugiados das vizinhas República Centro-Africana e Nigéria vivem em território camaronês.

Deslocados

O Escritório da ONU para os Assuntos Humanitários, Ocha, afirmou que o número de deslocados mais do que duplicou para atingir as atuais 200 mil pessoas.

O coordenador Residente e chefe Humanitário da ONU no país, Najat Rochdi, destaca a “grande hospitalidade” do governo e do povo a centenas de milhares de refugiados africanos nigerianos.

O apelo aos parceiros é que estes renovem o seu compromisso com doadores para corresponder à sua generosidade e ajudar os mais necessitados.”

Um outro desafio do país é a contínua crise alimentar complexa que “afeta profundamente as vidas e os meios de subsistência de milhões de pessoas.” A desnutrição afeta 200 mil crianças no país africano.

Insegurança

As Nações Unidas estimam que 2,6 milhões de pessoas poderão enfrentar situações de crise e de emergência em termos de segurança alimentar. A área mais assolada do país será o árido cinturão de Sahel, no extremo norte.

O plano de resposta de 2017 prioriza os mais vulneráveis e é liderado pelo Governo dos Camarões, pelas Nações Unidas e pelas agências humanitárias.

A capacidade de resposta e o número de agências que atuam nos Camarões tem baixado nos últimos três anos, num momento em que aumentam as necessidades humanitárias e financeiras.

O Ocha revelou que os Camarões receberam apenas cerca de dois terços dos US$ 232 milhões que precisavam para prestar auxílio humanitário em 2016.

*Apresentação: Denise Costa.

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