Escritório de direitos humanos da ONU condena disparo de míssil no Iémen
Ataque partiu do grupo Houthis e aliados na semana passada em direção à Arábia Saudita; órgão lembrou que lançamento indiscriminado de armamento à área repleta de civis é proibido pela lei humanitária internacional.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos condenou o disparo de um míssil balístico no Iémen pelo grupo Houthis e aliados, na semana passada, em direção à Arábia Saudita.
O órgão lembrou que o lançamento deliberado de qualquer armamento a local de moradores é proibido pela lei humanitária internacional.
Respeito
O Escritório instou todas as partes do conflito que “exerçam restrição e garantam o pleno respeito às leis internacionais humanitária e de direitos humanos”.
Na segunda-feira, o Iémen foi o tema de uma reunião do Conselho de Segurança com a participação do enviado especial da ONU ao país. Segundo Ismail Ould Cheikh Ahmed, a situação atual vai contra os compromissos firmados pelas partes em conflito, que têm em vista o alcance da paz.
O enviado afirma que a segurança está "terrível" e que a situação humanitária piorou, apesar dos esforços das agências a atuar no país. Ele mencionou um ataque ocorrido no dia 8 de outubro em Sanaa, quando quase mil pessoas estavam a prestar condolências em um funeral. O bombardeamento matou 140 civis e feriu 550 iemenitas.
Os membros do Conselho de Segurança também tiveram a chance de ouvir as declarações do subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários. Stephen O'Brien participou por telefone e destacou que 80% da população do país precisa receber assistência.
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