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Mundo precisa de 69 milhões de professores para atingir metas

Mundo precisa de 69 milhões de professores para atingir metas

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5 de outubro é o Dia Mundial dos Professores e a Unesco apresenta dados sobre a quantidade de docentes necessária para o ensino primário e secundário; uma das metas da Agenda 2030 é garantir educação de qualidade para todos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Dia Mundial dos Professores está sendo celebrado neste 5 de outubro, mas uma agência da ONU está fazendo um alerta sobre o déficit no número de docentes necessários no mundo.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, são necessários 69 milhões de professores para que as metas universais de educação sejam atingidas até 2030.

África

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4 busca “garantir educação de qualidade inclusiva e oportunidades de estudo para todos”. Mas para isso, 24,4 milhões de professores primários deverão ser contratados nos próximos 14 anos, além de mais de 44 milhões de docentes para o ensino secundário.

A região que tem o pior déficit é a África Subsaariana: são necessários 17 milhões de professores de todos os níveis até 2030.

Ao mesmo tempo, a região tem a taxa de habitantes em idade escolar que cresce mais rápido, sendo que 70% dos países africanos não têm professores suficientes no ensino primário. No nível secundário, o índice chega a 90%.

Valorização

Para marcar o Dia Mundial dos Professores, a Unesco, o Unicef, a Organização Internacional do Trabalho, OIT, e o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, estão pedindo ação urgente.

Segundo os chefes das agências da ONU, os professores ajudam a moldar o futuro de milhões de crianças e também um mundo melhor para todos. E é exatamente por isso que eles devem receber o treinamento e o salário adequados, além de serem mais valorizados.

Além da falta de professores, o mundo enfrenta outro problema: 263 milhões de crianças e de jovens estão fora das escolas.

Photo Credit
Professor na Guatemala. Foto: Banco Mundial/Maria Fleischmann