Ban pede calma na Colômbia e diz ter certeza de que paz pode ser alcançada
Secretário-geral emitiu nota através do porta-voz nesta segunda-feira; no domingo, 50,2% dos eleitores que votaram no plebiscito disseram “não” ao acordo de paz assinado pelo governo e pelas Farc-EP.
Monica Grayley, da Rádio ONU.
O líder das Nações Unidas, Ban Ki-moon, emitiu uma nota reagindo ao resultado do plebiscito que rejeitou o acordo de paz na Colômbia. Ban pediu calma aos colombianos para evitar o retorno à violência.
Ele saudou o que chamou de “compromisso público” entre o governo do presidente Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia- Exército do Povo, Farc-EP.
Paz duradoura
Segundo Ban, ambas as partes e todas as forças políticas do país estão comprometidas a continuar trabalhando pelo fim do conflito armado e pela construção de uma paz duradoura.
A guerra civil na Colômbia durou mais de cinco décadas.
No último dia 26 de setembro, as Farc-EP e o governo colombiano firmaram o acordo de paz na cidade de Cartagena na presença de vários chefes de Estado e governo e de representantes da comunidade internacional, incluindo o chefe da ONU. Para entrar em vigor, o acordo precisava da aprovação dos eleitores colombianos no plebiscito de domingo, o que não ocorreu.
Havana
Nesta segunda-feira, Ban informou ter despachado a Havana, em Cuba, onde foi negociado durante quatro anos o acordo de paz, seu representante especial na Colômbia, Jean Arnault, que deve manter reunião com todos os lados. Segundo Ban, é preciso fazer o possível para alcançar a paz. Ele afirmou que os colombianos que se comprometeram com a paz, não devem se sentir desanimados.
Ele reafirmou o apoio da ONU à paz ao país sul-americano.
Observadores desarmados das Nações Unidas que chegaram à Colômbia para acompanhar o processo de abandono e destruição das armas, quando o acordo entrasse em vigor, informaram ter presenciado, no sábado, a destruição de 620 quilos de explosivos, detonadores, granada, pólvora, minas e material de produçao de bombas. Todo o arsenal pertencia às Farc-EP.
A operação ocorreu em Yari, no Departamento de Meta.