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FAO com plano para reduzir resistência antimicrobial na cadeia alimentar

FAO com plano para reduzir resistência antimicrobial na cadeia alimentar

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Agência da ONU fala em “superbactérias” resistentes a medicamentos; uso indevido de antibióticos está a criar organismos que não respondem aos tratamentos, o que coloca todas as pessoas em risco.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Combater a resistência antimicrobial na cadeia alimentar é a nova prioridade da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO. Esta quarta-feira, a agência lançou um plano de ação sobre o tema.

O compromisso surge uma semana antes de uma reunião de alto nível a ser realizada na Assembleia Geral, sobre a ameaça das “superbactérias”, que são resistentes a medicamentos.

Impactos

O aumento e o “abuso” de antibióticos e outros medicamentos nas saúdes humana e animal estão contribuindo com várias doenças causadas por micróbios ou outros organismos resistentes ao tratamento.

Segundo a FAO, o problema causa impacto inclusive na agricultura. Os medicamentos têm papel fundamental no tratamento de animais, plantas, vegetais e frutas.

Abuso

O tratamento adequado é “essencial para a segurança alimentar”, mas o uso indevido de antibióticos e o surgimento das superbactérias “estão colocando todas as pessoas em risco”.

O consumo global de medicamentos antimicrobianos no sector do gado, por exemplo, chega a 60 mil toneladas por ano.

Quatro Pontos

O plano de ação da agência da ONU foca em quatro áreas nos setores da agricultura e da alimentação. O primeiro objetivo é conscientizar produtores, fazendeiros, agricultores, veterinários, legisladores e consumidores sobre a resistência antimicrobial.

O segundo ponto é garantir que os países criem meios de fazer a vigilância do uso de antibióticos na agricultura e na produção de alimentos. A FAO quer também reforço da “governança relacionada à resistência antimicrobial” na cadeia alimentar. O quarto objetivo é promover boas práticas agrícolas e o uso prudente de medicamentos e antibióticos.

A organização espera ajudar os governos a colocar em ação as estratégias até meados de 2017.

Photo Credit
Foto: FAO/Sergei Gapon