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OMS sobe para 6 meses tempo de sexo seguro em caso de suspeita de zika

OMS sobe para 6 meses tempo de sexo seguro em caso de suspeita de zika

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Novo guia da agência da ONU divulgado esta terça-feira mostrou que a transmissão do vírus por relação sexual é mais comum do que o previsto inicialmente.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, decidiu elevar de dois para seis meses o prazo para que as pessoas infectadas com o vírus da zika pratiquem “sexo seguro”, usando camisinha, para evitar a transmissão.

O novo guia da agência da ONU, divulgado esta terça-feira, afirma que de acordo com novas informações, as transmissões do vírus através de relações sexuais são mais comuns do que o previsto anteriormente.

Aedes aegypti

O documento deixa claro que o principal tipo de transmissão da zika é pelo mosquito Aedes aegypti.

A OMS cita ainda a ligação da doença com a microcefalia e outras complicações neurológicas e a síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia.

Os especialistas da OMS avaliaram exames feitos entre homens assintomáticos, que não apresentam sinais da doença, e suas mulheres. Eles também examinaram mulheres que apresentaram sintomas da zika e seus parceiros sexuais.

Longa Duração

Outro ponto analisado pela agência da ONU foi o da longa duração do vírus da zika no sêmen.

Depois de investigarem todos esses fatores, a organização decidiu mudar os prazos para a prática do sexo seguro para seis meses e novas alterações podem ser feitas no futuro caso os especialistas encontrem outras evidências.

Na semana passada, a OMS elogiou o Brasil pelas medidas de combate ao vírus da zika adotadas pelo governo antes e durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

Os especialistas disseram que "até o momento, não houve nenhum registro de casos confirmados de zika entre as pessoas e atletas que participaram das Olimpíadas e o retorno deles aos seus países de origem".

Segundo o comitê, não há motivos para a implementação de qualquer restrição a viagens ou comércio em áreas e territórios afetados pela transmissão do vírus, incluindo o Rio de Janeiro, que vai abrigar os Jogos Paralímpicos a partir desta quarta-feira, 7 de setembro.

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Mosquitos Aedes aegypti. Foto: Aiea/Dean Calma