Pnuma: países latinoamericanos avançam no combate à mudança climática
Agência da ONU afirmou que 13 países têm ou estão em processo de criar leis sobre a questão; Brasil, Guatemala, Honduras e México já implementaram legislações para lidar com o problema.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, afirmou que os países da América Latina e do Caribe estão avançando rapidamente na implementação de leis e ações para combater a mudança climática.
A declaração foi feita pelo representante da agência da ONU para a região, Leo Heileman, durante a 2ª Conferência sobre Mudança Climática nas Américas, realizada em Guadalajara, no México.
Brasil
Heileman afirmou que Brasil, Guatemala, Honduras e México já têm legislações para lidar com o problema. Outros nove países têm projetos e leis específicos sobre clima e 18 possuem normas e regras para os setores de energia, transporte e agricultura.
O encontro, que terminou nesta quinta-feira, reuniu representantes de 15 nações da região para debaterem os novos desafios apresentados pela Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e pelo Acordo de Paris.
O representante do Pnuma disse ainda que “a mudança climática e a degradação do meio ambiente são assuntos que vão muito além da esfera ambiental”.
Progressos
Segundo ele, “se esses problemas não forem resolvidos urgentemente, corre-se o risco de um comprometimento do desenvolvimento atual e futuro, sem falar de se colocar em risco também os progressos já conquistados”.
Heilerman afirmou que “os custos associados à mudança climática chegaram a US$ 100 bilhões em 2015”. Até agora, nove países da região ratificaram o Acordo de Paris, que busca manter o aumento da temperatura global abaixo dos dois graus centígrados.
O Pnuma calcula que os gastos de adaptação à mudança climática podem alcançar US$ 500 bilhões até 2050, um nível quase cinco vezes maior do que o previsto inicialmente.
A agência da ONU cita um relatório do Instituto Clean Air, dizendo que mais de 70 mil pessoas morrem todos os anos na América Latina por causa da poluição.