Perspectiva Global Reportagens Humanas

América Latina e Caribe rumo à universalização do ensino

América Latina e Caribe rumo à universalização do ensino

Baixar

Segundo dados do Banco Mundial, 92% das crianças da região cursam o primário. Em todo o mundo, 57 milhões estão fora da escola; qualidade ainda é desafio.

Mariana Ceratti, de Brasília para a Rádio ONU.*

O tempo de escolaridade dos latino-americanos e caribenhos mais do que dobrou em meio século, segundo o Banco Mundial. Se em 1960, a população da América Latina e do Caribe tinha em média 4,3 anos de estudo, em 2010, já eram 10 anos.

Outros dados do Banco revelam que a região está no caminho para cumprir a meta número 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: garantir educação para todos os meninos e meninas até 2030.

Qualidade

Hoje, 92% das crianças latino-americanas de seis a 12 anos estão na escola primária, percentual parecido com os 91% registrados nos países em desenvolvimento. Além disso, 93% dos jovens da América Latina e Caribe cursam o ensino secundário. Mas, embora esteja ampliando a cobertura educacional, a região ainda precisa melhorar a qualidade.

Uma das evidências é o resultado da prova de matemática feita em 2012 pelo Programa para Avaliação Internacional de Estudantes, Pisa.

Houve uma diferença de quase 100 pontos entre a média obtida pelos países da Ocde e pelos oito países latino-americanos que participaram.  Isso representa, segundo o relatório "Professores Excelentes", do Banco Mundial, uma diferença de competências equivalente a mais de dois anos de ensino.

Matemática e leitura

Mesmo assim, pode-se dizer que os países da região estão evoluindo. Brasil, Chile e Peru são os três que mais avançaram nos resultados de matemática e leitura do Pisa entre 2000 e 2012.

Os desafios de universalizar a educação e aumentar a qualidade se repetem nas demais regiões em desenvolvimento.  Das 57 milhões de crianças fora da escola, mais da metade vive na África Subsaariana. Outro dado preocupante é que cerca de 50% das crianças fora da escola estão em áreas afetadas por conflitos.

*Com reportagem do Banco Mundial, Brasil.

Photo Credit
Tempo de escolaridade na América Latina e Caribe aumentou para 10 anos em meio século. Foto: Banco Mundial