Presidente da Fiocruz: “risco de zika será minimizado nas Olimpíadas”
Paulo Gadelha fez a declaração na ONU, em Nova York, onde participa do Fórum sobre Ciência, Tecnologia e Inovação; ele citou mudança do clima, temperatura e umidade, para a redução de casos.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, Paulo Gadelha, afirmou que o “risco do vírus da zika será minimizado nas Olimpíadas”.
Gadelha fez à declaração em entrevista à Rádio ONU, em Nova York, onde participa do Fórum sobre Ciência, Tecnologia e Inovação.
Diplomacia
“Em primeiro lugar, a questão do zika é um bom exemplo de como nós podemos pensar numa forma cooperativa para a questão da inovação e respostas de demandas da saúde. Ali estão colocadas questões que dizem respeito à diplomacia no campo da ciência. Estão colocadas questões ligadas a direitos de propriedade intelectual, mas também estão colocadas questões de como se organiza a resposta ao surgimento dessas viroses das quais o zika é um exemplo.”
Gadelha falou ainda sobre o riso da epidemia durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
“Com relação à Olimpíada, nós temos fortes evidências de que esse risco será muito minimizado. Primeiro, porque na época em que ela vai acontecer nós já temos situações de clima, (como) temperatura e umidade, que fazem com que na série histórica o índice de presença dos mosquitos e, portanto, a capacidade de transmitir o zika é mínimo. E nós já estamos observando isso acontecer com a redução dos casos.”
Benefícios
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que também participou do fórum, disse que os “benefícios da tecnologia devem ser compartilhados com os que têm mais a ganhar”.
Segundo Ban, “nos próximos 15 anos, o progresso nas áreas da ciência, tecnologia e inovação será a chave para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,ODS”.
Para o chefe da ONU, o maior desafio será fazer a conexão entre ciência, tecnologia e inovação com progresso no desenvolvimento sustentável na base da pirâmide.