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Argentina agradece à Unesco por divulgar 75 documentos da ditadura

Argentina agradece à Unesco por divulgar 75 documentos da ditadura

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Chanceler do país reuniu-se com diretora-geral da agência da ONU e afirmou que decisão lança “uma nova luz” sobre “capítulos difíceis” da história da nação sul-americano.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, e a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, reuniram-se em Paris, nesta terça-feira.

No encontro, a chanceler agradeceu à chefe da agência da ONU a decisão de divulgar para o Governo da Argentina um conjunto de 75 documentos sobre violações de direitos humanos ocorridas no país.

Trabalho

Os relatos referem-se a atos cometidos entre 1978 e 1982 durante o regime militar na Argentina.

De acordo com sua conta no Twitter, a ministra Susana Malcorra viajou a Paris, onde fica a sede da Unesco, para reuniões com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Ocde, e encontros com integrantes do governo da França, entre outros compromissos.

A Unesco informou que os documentos sobre as violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar foram abordados como parte do trabalho da Comissão da Unesco sobre Convenções e Recomendações, que é um dos órgãos permanentes do Conselho Executivo da agência.

Esferas

O grupo analisa comunicações sobre casos ou questões relacionadas ao exercício dos direitos humanos nas esferas de competências na Unesco.

Esses documentos podem partir de uma pessoa, grupos de pessoas  e organizações não-governamentais.

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, afirmou que a decisão da Unesco de divulgar os documentos lança uma “nova luz” sobre capítulos difíceis da história do país.

Ao falar em nome da Unesco, Irina Bokova destacou a importância do conhecimento da história e de violações passadas como parte de ações para evitar novas ocorrências de abusos e violações dos direitos humanos.

Para ela, esta é uma tarefa de todos os países.

Bokova terminou afirmando que “conhecer o passado é essencial para a construção de um futuro melhor, mais justo e mais pacífico para todos.”

Photo Credit
Irina Bokova. Foto: ONU/Mark Garten