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Guiné-Bissau: técnicos formam-se para baixar mortalidade maternoinfantil

Guiné-Bissau: técnicos formam-se para baixar mortalidade maternoinfantil

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Unfpa apoia iniciativa que envolve 34 profissionais da saúde no maior hospital do país; bloco operatório da maternidade do Hospital Simão Mendes encerrado por falta de técnicos; iniciativa decorre até 2017.

Amatijane Candé, da Rádio ONU em Bissau.

O Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, financia uma formação em anestesia e reanimação que envolve dezenas de profissionais no Hospital Simão Mendes, o maior do país.

Na iniciativa participam 34 enfermeiros licenciados durante um ano. A meta é ajudar a cobrir "grave falta de especialistas" em anestesiologia.

Cirurgias

O grupo proveniente de  todas as regiões do país deve sair capacitado para administrar anestesias, para permitir realizar cesarianas em diferentes estruturas de saúde.

Falando à Rádio ONU, em Bissau, a coordenadora Maria Fernandes Teixeira, disse que a formação faz parte do projeto H4+ que combate a mortalidade maternoinfantil. A ação pretende ajudar a salvar vidas, particularmente, das mães, bebes e outros doentes.

Cesariana

“Permitir que cirurgias como a cesariana e outras que são essenciais para salvar vidas de mães, bebes e outros doentes se possam fazer nas várias estruturas sanitárias do país, evitando evacuações que são muitas vezes motivos dos desfechos menos felizes”.

A capacitação decorre numa altura em que o bloco operatório da maternidade do hospital Simão Mendes está encerrado por falta de técnicos de anestesia.

Atendimento de Grávidas

A expectativa do curso é permitir que haja intervenções cirúrgicas em estruturas próximas às comunidades e o atendimento de grávidas com complicações.

O Projeto H4+ recrutou um especialista cubano em anestesiologia, o único que trabalha no país.  Ramón Soto Soto falou sobre a importância da formação.

Mortalidade Maternoinfantil

“Em primeiro lugar evitaríamos a evacuação de casos que podiam ser tratados no local, em segundo lugar isto diminuiria a mortalidade maternoinfantil, porque um caso de sangramento em Gabu se for evacuado para Bissau pode chegar sem sangue e em mau estado em geral”.

O médico  concebeu a formação que decorre desde finais de abril, em parceria com o Departamento de Anestesia do principal hospital guineense.

As autoridades da Guiné-Bissau e o Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa,  reiteram a aposta na promoção de serviços de saúde reprodutiva de qualidade para baixar a mortalidade maternoinfantil no país.

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Meta é realizar intervenções cirúrgicas em estruturas próximas às comunidades e o atendimento de grávidas com complicações. Foto: OMS WHO/C. Jasso