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Governo de transição no Sudão do Sul precisa tratar da situação humanitária

Governo de transição no Sudão do Sul precisa tratar da situação humanitária

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Este é o pedido da chefe da Missão da ONU no país; Ellen Loej fala sobre momento positivo após implementação do Acordo de Paz; Conselho de Segurança reforça importância de cessar-fogo no país mais novo do mundo.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

A chefe da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, Unmiss, revelou esta quarta-feira ser essencial que o governo de transição tome ação rápida para completar os pontos do Acordo de Paz.

Em Juba, Ellen Loej afirmou ser muito importante estabelecer e colocar para funcionar o mais rápido possível o Centro de Operações Conjuntas e a Polícia Conjunta Integrada.

Economia

A chefe da Unmiss lembra que é a precária situação humanitária no país e pede ao governo de transição para ajudar a garantir o livre movimento de assistência aos civis. Loej considera necessárias reformas de administração pública, medida para combater a piora da situação económica.

Reconcialiação nacional precisa ser prioridade de todos no Sudão do Sul, segundo a representante. As observações de Ellen Loej foram feitas no mesmo dia em que o Conselho de Segurança divulgou um comunicado a saudar o Acordo de Paz.

Estabilidade

Mas o órgão lembra dos milhares assassinados, do atual sofrimento humanitário e da piora da situação económica no país. Por isso, o Conselho pede ao governo de transição para implementar os pontos do acordo e acabar com os ciclos constantes de violência e de sofrimento no país.

O comunicado deixa claro a importância de se alcançar o cessar-fogo e de se criar, com urgência, instituições  capazes de manter a segurança e gerar confiança entre os partidos.

O Conselho de Segurança lembra à comunidade internacional a importância de se manter o engajamento no país, para garantir a restauração da paz, estabilidade e prosperidade.

Violência 

Implementar totalmente o Acordo de Paz é essencial e isso inclui tratar das eleições, garantir o cessar-fogo e a segurança e trabalhar pela assistência humanitária, pela reconstrução, pelo manejo financeiro e pela justiça do país.

O Conselho de Segurança faz pressão por justiça para os casos de violações e de abusos dos direitos humanos no Sudão do Sul, incluindo casos ocorridos mais recentemente.

A nota lembra também dos 2,5 milhões de deslocados internos e dos 6,1 milhões de pessoas que necessitam de assistência humanitária. O Conselho manifesta a sua solidariedade com o país e o povo sul-sudanês e expressa alarme com a violência sem fim testemunhada em várias regiões.

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A partir da esquerda: Riek Machar (primeiro vice-presidente); presidente Salva Kiir, e James Wani Igga (segundo vice-presidente). Foto: ONU/Isaac Billy