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Em Dacar, ONU pede esforço coletivo em evento sobre a questão de Jerusalém

Em Dacar, ONU pede esforço coletivo em evento sobre a questão de Jerusalém

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Secretário-geral deplora confrontos entre palestinianos e forças israelitas na Cisjordânia; mensagem apresentada no evento pede abrandamento de tensões e respeito aos lugares sagrados.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas participaram na Conferência Internacional sobre a Questão de Jerusalém. O evento foi realizado até esta quarta-feira na capital senegalesa, Dacar.

O secretário-geral Ban Ki-moon frisou que a "cidade histórica e sagrada manteve-se no centro de qualquer solução negociada sobre a questão da Palestina". A mensagem foi apresentada pelo seu representante para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas.

Horizonte Político

Ban Ki-moon destacou que é preciso "fortalecer e reafirmar os esforços coletivos internacionais para preservar a solução de dois Estados e moldar um horizonte político".

Para o chefe das Nações Unidas, somente através de uma solução negociada "Jerusalém poderia emergir como a capital de dois Estados, com arranjos sobre locais sagrados que sejam aceitáveis para todos".

O secretário-geral condenou os confrontos contínuos entre palestinianos e as forças de segurança israelitas na Cisjordânia, incluindo em Jerusalém Oriental.

Tensões e Respeito

O seu pedido é que todos os lados envolvidos acalmem as tensões e respeitem os lugares sagrados.

O apelo lançado a Israel é que "cessem e sejam revertidas as atividades de assentamento", ações que considerou ilegais de acordo com o Direito Internacional e "um obstáculo significativo à paz".

Ban considera importante que todos possam defender o estado atual, por meio de palavras e ações, de acordo com os recentes entendimentos entre Israel e a Jordânia.

Consequências

O secretário-geral pediu que todos os esforços sejam para ajudar a população de Gaza, que ainda sofre as consequências do conflito de 2014, com 74% das famílias afetadas ainda a aguardar a reconstrução das suas casas.

Para o chefe da ONU, a região enfrenta necessidades crónicas que incluem energia, água e emprego que também requerem atenção urgente e sustentada.

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Foto: ONU (arquivo)