Enviado da ONU fala em frustração sobre acesso humanitário na Síria
Após uma nova ronda de conversas em Genebra, Staffan de Mistura diz que melhorias são necessárias; ele não nega “desapontamentos” das partes presentes na reunião; novos comboios são essenciais.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.*
Após mais uma dia de conversas em Genebra sobre a Síria, o enviado das Nações Unidas falou sobre a necessidade de melhorar o acesso humanitário no país.
Staffan de Mistura tem a tarefa de mediar uma solução para a crise e teve encontros com representantes da força tarefa para o acesso humanitário no país. O enviado não negou que todos na reunião estavam “desapontados”.
Cerco
De Mistura explicou que a frustração é com a falta de acesso a novos comboios, especialmente em locais sitiados, como Douma, Daraya, Madaya, Zabadani, Fouah e Kefraya.
Mas o mediador disse que a imagem não pode ser totalmente negativa, porque muito tem ocorrido no país. De Mistura mencionou os 5,8 milhões de sírios que receberam ajuda da ONU e de organizações parceiras recentemente.
Medicamentos
Em janeiro e fevereiro, 1 milhão de sírios receberam itens não-comestíveis e 6,8 milhões receberam assistência em água e saneamento. Mas os números não deixam de lado a “frustração e o desapontamento”, especialmente em um período em que se esperam melhorias no acesso.
O enviado da ONU citou o sucesso dos lançamentos aéreos realizados nesta semana pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA, em Deir Ezzor. De Mistura trabalha com as autoridades sírias para garantir a entrada de medicamentos no país. Os representantes em Damasco afirmaram que devem autorizar, mas não querem permitir a entrada de equipamentos cirúrgicos e comprimidos para a ansiedade
*Apresentação: Laura Gelbert.