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45 mil pessoas estão sitiadas na cidade de Madamiyet Elsham, na Síria

45 mil pessoas estão sitiadas na cidade de Madamiyet Elsham, na Síria

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Ocha afirma que a situação humanitária está piorando na região; agência da ONU cita restrições de acesso a alimentos e remédios; foram registradas oito mortes por falta de assistência médica em janeiro.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou que 45 mil pessoas estão sitiadas na cidade de Madamiyet Elsham, por causa da guerra na Síria.

Segundo a agência da ONU, a situação humanitária está piorando na região devido ao aumento das restrições de acesso a alimentos e serviços de saúde.

Mortes

As autoridades disseram que foram registradas oito mortes na cidade por falta de assistência médica, em janeiro. Além disso, surgiram vários casos de desnutrição.

Tanto a ONU como a Cruz Vermelha Internacional pediram às forças do governo sírio que permitam a entrada de ajuda humanitária.

O Ocha calcula que das 45 mil pessoas sitiadas na área, aproximadamente 12 mil são deslocadas internas que fugiram da violência em Daraya, outra cidade próxima.

Desde 2013, as forças do governo sírio controlam Madamiyet Elsham. Depois de um acordo para melhorar as condições de acesso, em meados de 2014, a ONU mudou a classificação de cidade “sitiada” para de “difícil alcance”.

Condições de Vida

Mas devido aos fechamentos dos pontos de passagem decretados pelas forças sírias em dezembro do ano passado, as Nações Unidas voltaram a classificar a cidade como “sitiada”.

As condições de vida da população pioraram com a falta de comida, remédios e outros suprimentos essenciais. Além disso, os preços dos produtos na região aumentaram muito nos últimos meses.

Apenas sete das 22 escolas da cidade estão funcionando. Elas atendem a 6 mil crianças. Muitas estão danificadas ou foram destruídas pelo conflito na região.

A situação dos abrigos também preocupa. O Ocha afirmou que muitos prédios onde os deslocados internos estão vivendo não têm portas ou janelas.

Mais da metade da população da cidade é formada por mulheres e crianças.

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Segundo o Ocha, a situação humanitária está piorando em Madamiyet Elsham devido ao aumento das restrições de acesso a alimentos e serviços de saúde. Foto: FAO (arquivo)