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Situação no Burundi é “preocupação para o mundo”

Situação no Burundi é “preocupação para o mundo”

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Declaração foi feita pelo secretário-geral da ONU, durante coletiva de imprensa em Adis Abeba, na Etiópia; Ban Ki-moon participou na Cúpula da União Africana.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU afirmou neste domingo que o governo e a população do Burundi devem resolver a crise política no país através de diálogo inclusivo.

Ban Ki-moon disse ainda que a piora na situação do país é uma “fonte de grande preocupação não só na região, mas no continente e no mundo”.

Instabilidade Política

Falando a jornalistas durante a Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia, o chefe da ONU saudou os esforços diplomáticos da  Comunidade da África Oriental e da União Africana para levar paz e estabilidade ao Burundi.

Ban afirmou, no entanto, que “infelizmente a situação está piorando”. Ele mencionou que talvez um milhão de pessoas tenham sido afetadas pela instabilidade política e crise humanitária iniciadas em abril de 2015 quando o presidente Pierre Nkurunziza anunciou que concorreria a um terceiro mandato.

O secretário-geral se reuniu no sábado com o segundo vice-presidente do Burundi, Joseph Butore, entre outras autoridades, e ressaltou que as Nações Unidas estão comprometidas em levar “paz, estabilidade e dignidade humana à população do Burundi”.

Líbia, Somália e Sudão do Sul

Ban também expressou sua preocupação que os líderes do Sudão do Sul não tenham cumprido o prazo para formar um governo de transição. Segundo o chefe da ONU, “isto é essencial e urgente para acabar com o sofrimento inimaginável” da população do país.

O secretário-geral também discutiu com líderes regionais a importância de aumentar o apoio à Missão da União Africana na Somália, Amisom. O objetivo é consolidar ganhos e fornecer o apoio necessário às forças de segurança nacionais.

Já sobre a Líbia, Ban destacou a importância do Acordo de Governo Nacional e encorajou os atores líbios a apoiarem esta ação buscando restaurar a paz e estabilidade no país.

Síria

O chefe da ONU também falou sobre as conversações sobre a Síria que começaram na sexta-feira em Genebra, com objetivo de acabar com conflito.

Ban afirmou que é preciso “urgentemente ver um fim para os combates, os cercos e os outros terríveis abusos de direitos humanos que tem caracterizado esta guerra”.

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Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em coletiva de imprensa em Adis Abeba. Foto: ONU/Eskinder Debebe