Staffan de Mistura afirma ter “boas razões” para acreditar que principal delegação antigoverno, HNC, fará parte de reuniões em Genebra; enviado especial explica que redução da violência precisa ocorrer durante encontros.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

No primeiro dia de conversações sobre o conflito na Síria, o enviado especial da ONU recebeu em Genebra, nesta sexta-feira, a delegação do governo.

Após o encontro, Staffan de Mistura declarou aos jornalistas no Palácio das Nações que qualquer discussão sobre um cessar-fogo precisa de dois interlocutores.

HNC

Ao ser questionado sobre a possível presença do Comitê de Altas Negociações, HNC, o enviado da ONU afirmou “ter boas razões para acreditar que o grupo considera seriamente” participar das discussões em Genebra.

O HNC é uma plataforma de oposição ao governo sírio, criada no mês passado na Arábia Saudita. Até o início da noite na capital suíça, Staffan de Mistura ainda não havia recebido do grupo nenhuma resposta oficial ao convite.

Avanços

O enviado da ONU explicou que as “conversas não podem ser apenas políticas” e afirmou serem necessárias evidências de melhorias para o povo sírio durante as negociações.

Segundo de Mistura, governança, uma nova Constituição e eleições supervisionadas pela ONU são os principais temas da agenda. Mas ele defende que os lados demonstrem avanços ao mesmo tempo em que os debates acontecem, reduzindo a violência, os bombardeios e concordando com um cessar-fogo.

Ao ser questionado sobre as ações de grupos terroristas, o enviado afirmou que questões ligadas ao combate ao terrorismo são discutidas no Conselho de Segurança.

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