Lisboa marca 25 de abril com líderes celebrando “liberdade, diplomacia e desenvolvimento”
Cultura e educação
Secretário-geral seguirá para fazer parte das celebrações na capital portuguesa; vice-chefe da diplomacia portuguesa fala de novo período com foco no combate à desigualdade e à pobreza, antes de cerimônia realizada na ONU na véspera da data.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal participa nesta quarta-feira em evento das Nações Unidas juntando dezenas de diplomatas internacionais para marcar os 50 anos da Revolução de 25 de Abril.
Nuno Sampaio realçou à ONU News, antes da sessão em Nova Iorque, que este é um momento importante para vincar as prioridades da “contínua agenda da diplomacia”, poucos dias após da inauguração do novo governo.
Porta para a independência
Na quinta-feira, Lisboa acolhe eventos centrais com líderes de países de língua portuguesa marcando meio século da revolução. O programa prevê a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, e de líderes lusófonos.
O vice-chefe da diplomacia de Portugal destaca a primazia da cooperação entre membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, assinalando o momento de renovar “laços históricos e impulsionar o desenvolvimento”.
“Cinquenta anos após a revolução, todos os chefes de Estado dos Palop estarão presentes em Portugal juntamente com o presidente da República e o primeiro-ministro português celebrando em conjunto esse dia. É um dia dos valores da liberdade, da diplomacia e do desenvolvimento. É um dia importante para Portugal. Mas também foi aquele dia que abriu a porta para a independência dos Palops e, mais tarde, de Timor-Leste. Também contribuiu para a transição democrática do Brasil, o que também foi inspirador.”
Mensagem de abril
Antes da reunião dos países-membros da ONU, Sampaio destacou haver possibilidade de novos rumos para nações do bloco lusófono nas cinco décadas após o movimento que influenciou o nascimento da democracia portuguesa e o advento de nações africanas.
“Aquilo que nós temos que fazer em homenagem àqueles que lutaram apela liberdade e fizeram essa revolução, todos os dias, é uma revolução no combate à desigualdade e à pobreza que persiste no mundo. Essa é a mensagem de abril que nós temos a obrigação de ser portadores e continuar a bater-nos por ela no presente e no futuro, não só em Portugal, mas em tudo aquilo em que Portugal se projeta no mundo.”
Na presença na ONU nesta semana, Nuno Sampaio participou ainda no Fórum sobre Financiamento para o Desenvolvimento e seguiu uma agenda destacando temas prioritários da política externa portuguesa.