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ONU presta homenagem a funcionários mortos em serviço em 2022

Secretário-geral António Guterres acende vela no serviço memorial anual para homenagear o pessoal das Nações Unidas que perdeu a vida no cumprimento do dever desde 1 de janeiro de 2018, incluindo colegas falecidos (6 de maio de 2019)
UN Photo/Mark Garten
Secretário-geral António Guterres acende vela no serviço memorial anual para homenagear o pessoal das Nações Unidas que perdeu a vida no cumprimento do dever desde 1 de janeiro de 2018, incluindo colegas falecidos (6 de maio de 2019)

ONU presta homenagem a funcionários mortos em serviço em 2022

Assuntos da ONU

Entre 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado, 77 servidores das Nações Unidas perderam a vida no trabalho; solenidade acontece desde 2011 e honra homens e mulheres que atuaram na organização.

As Nações Unidas recebem nesta quarta-feira o Memorial Anual para homenagear os funcionários que perderam suas vidas em 2022, enquanto trabalhavam para a organização. 

A solenidade acontece desde 2011 e honra servidores de entidades do Secretariado das Nações Unidas, bem como da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, a Organização Internacional para Migrações, OIM, fundos e demais programas.

Foram 77 servidores 

Na cerimônia, na sede da organização em Nova Iorque são lidos os nomes dos 77 servidores da ONU que morreram em ação entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022.

Serviço memorial anual em homenagem aos funcionários da ONU que morreram enquanto serviam à Organização. (arquivo)
UN Photo/Mark Garten
Serviço memorial anual em homenagem aos funcionários da ONU que morreram enquanto serviam à Organização. (arquivo)

No período anterior, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021, a ONU registrou o maior número de mortes de servidores num período de 12 meses. 

As Nações Unidas estimam que, desde sua fundação, mais de 3,5 mil homens e mulheres perderam a vida enquanto serviam à entidade.

Histórico

Em julho de 1948, Ole Bakke, um norueguês que trabalhava na Palestina, tornou-se a primeira vítima. Dois meses depois, Folke Bernadotte, mediador da ONU na Palestina, foi o segundo a perder a vida.

Em 1961, o secretário-geral Dag Hammarskjöld e mais 15 pessoas morreram em um acidente de avião na antiga Rodésia, atual Zâmbia.

À medida que as décadas avançavam, o número e a intensidade das missões de paz da ONU aumentaram, e muitos funcionários ficaram sob risco. Durante a década de 1990, houve mais mortes do que nas quatro décadas anteriores combinadas.

Mais recentemente, a própria ONU se tornou um alvo, com ataques a suas instalações em Bagdá em 2003, Argel em 2007 e Cabul em 2009. 

No atentado contra a Missão da ONU no Iraque, em 19 de agosto de 2003, foram mortos o chefe da Missão, o brasileiro Sergio Vieira de Mello, e mais 21 funcionários da organização. Entre 2013 e 2017, houve um aumento constante nas mortes de soldados da paz devido a atos violentos, resultando em 195 mortes.