ONU quer US$ 3 bilhões de auxílio humanitário para combater crise no Sudão
Ajuda humanitária
Pedido pretende cobrir necessidades de 18 milhões de pessoas; um terço dos sudaneses já dependia de ajuda auxílio antes do atual conflito; Acnur alerta sobre êxodo em massa para os países vizinhos.
As Nações Unidas precisam de US$ 3 bilhões para apoiar afetados pela crise humanitária no Sudão. A situação é agravada pelos intensos combates que começaram em meados de abril na nação africana.
O conflito entre o Exército do país e paramilitares das Forças de Apoio Rápido, RSF, causou a morte de pelo menos 1 mil pessoas. Estima-se que 1 milhão de vítimas do conflito vivam como deslocados e refugiados.
Mais da metade da população carece de ajuda
Do valor solicitado, cerca de US$ 2,6 bilhões serão destinados ao auxílio humanitário e US$ 470,4 milhões para refugiados. Este ano, o grupo pode chegar a 1,1 milhão. O montante foi revisado dos US$ 1,75 bilhão pedidos em dezembro.
O novo total global ajudará as agências a alcançar 18 milhões das pessoas mais vulneráveis do país.
Cerca de 25 milhões de pessoas carecem de ajuda e proteção no Sudão
O chefe do Escritório da ONU para os Assuntos Humanitários, Ocha, em Genebra Ramesh Rajasingham, disse que 25 milhões de pessoas carecem de ajuda e proteção. O número corresponde a mais da metade da população do Sudão.
Antes da piora da situação humanitária, um terço das pessoas já dependia de ajuda humanitária. A Agência da ONU para Refugiados fala de um “êxodo em massa de cerca de 220 mil refugiados” do Sudão para os países vizinhos.
Recursos essenciais
Dentro do país, cerca de 700 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as áreas de origem. Há relatos de inúmeras vítimas ainda isoladas e expostas aos “ataques indiscriminados”.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, iniciou uma nova operação. A agência prevê que 19 milhões de pessoas enfrentem insegurança alimentar durante a época de escassez. O total corresponde a 41% da população sudanesa.
Cerca de 700 mil sudaneses foram obrigados a abandonar as áreas de origem