Pessoas com síndrome de Down pedem escuta, inclusão e respeito
Saúde
Em campanhas e eventos que marcam o dia mundial chamando a atenção para a condição genética, pessoas afetadas e especialistas pedem igualdade de oportunidades; ONU acolhe atividades sobre o tema.
A ONU marca o Dia Mundial da Síndrome de Down, neste 21 de março, reunindo pessoas com a condição, especialistas e representantes de governos para abordar temas como direitos, inclusão e bem-estar.
O lema da campanha deste ano é “Conosco, não para a gente” e reforça a importância de uma abordagem de direitos humanos para as pessoas com a deficiência.
Igualdade de oportunidade
Para a data de conscientização que tem sido marcada desde 2012, as mensagens foram desenvolvidas em parceria com a Internacional da Síndrome de Down. A organização afirma que os afetados não devem ser tratados como alvo de caridade e pena, e sim como pessoas com igualdade de oportunidade.
A ONU realiza em sua sede em Nova Iorque, a Conferência do 12º Dia Mundial da Síndrome de Down. Diversos panelistas são pessoas vivendo com a condição.
Em Genebra a ONU realizou, nesta segunda feira, a primeira Assembleia sobre o tema, destacando a importância da comunicação acessível para garantia da inclusão.
O paulista Claudio Arruda, 32 anos, é instrutor de equitação e foi a primeira pessoa com síndrome de Down a ingressar na Escola de Equitação da Sociedade Hípica daquela cidade
“Escute, inclua, respeite”
O encontro na cidade suíça marcou a divulgação do documento “Escute, inclua, respeite”, elaborado por mais de 1,5 mil pessoas com deficiência e seus familiares de mais de 100 países. O material serve de guia para inclusão significativa dessa população.
A taxa global de nascimentos de bebês com a síndrome de Down é de um entre mil ou até 1,1 mil nascidos vivos. As Nações Unidas estimam que, anualmente, entre 3 mil e 5 mil crianças venham ao mundo com a condição.
A causa é um cromossomo 21 a mais, que resulta em deficiências físicas e intelectuais.