Dia Mundial de Combate à Hanseníase foca em ações pelo fim de transmissões
OMS quer eliminar casos nativos ainda nesta década; agência da ONU diz haver condições suficientes para erradicar doença; atuação depende de ação imediata e esforço para garantir acesso aos pacientes ainda não alcançados.
No Dia Mundial de Combate à Hanseníase, marcado neste domingo, a Organização Mundial da Saúde, OMS, reitera a meta de ter 120 países sem qualquer caso nativo até 2030.
Os registros da doença também conhecida como lepra mostram uma queda de 30%, quando comparados aos 200 mil casos anuais diagnosticados antes da pandemia de Covid-19. Essa redução é atribuída a interrupções em programas de saúde naquele período.
Estigma e da discriminação
A data, observada no último domingo de janeiro, tem como lema “Aja agora. Acabar com a lepra”.
A OMS acredita ser possível ainda nesta geração travar a transmissão da doença que tem mais de 4 mil anos.
Milhões de pessoas vivem com deficiências relacionadas à hanseníase, principalmente na Ásia, África e América do Sul. Em nível global, existe uma combinação de antibióticos grátis conhecida como terapia multimedicamentosa. A falta de tratamento pode levar a complicações graves.
A agência da ONU apela ao melhor aproveitamento da oportunidade de celebrar pessoas recuperadas da hanseníase, aumentar a consciência sobre a doença e advogar pelo fim do estigma e da discriminação.
Possibilidade de eliminação
A agência destaca que o tema do ano reflete ainda a possibilidade de eliminação da doença porque existem capacidades e ferramentas disponíveis para interromper a transmissão.
A OMS pede ainda que a data sirva de reflexão para atuar imediatamente, mobilizar recursos e impulsionar o compromisso priorizando a eliminação da hanseníase.
Por último, a agência ressalta a necessidade de se conseguir chegar às pessoas sem acesso ao tratamento da doença que é evitável e tratável.