Década para o Envelhecimento Saudável incentiva qualidade de vida
Nações Unidas advogam por parcerias mais fortes em favor de idosos, famílias e comunidades visando melhorias; novo guia da OMS e parceiros descreve cinco prioridades principais de resposta ao abuso sofrido pelo grupo.
Neste 15 de junho, começa a Década das Nações Unidas para o Envelhecimento Saudável, coincidindo com o Dia Mundial de Alerta contra o Abuso de Idosos.
A ambição da organização é expandir a coparticipação “concertada, catalítica e sustentada” entre os envolvidos na questão para melhorar a vida dos idosos, de suas famílias e das suas comunidades.
Ação
O início do período, que se estende até 2030, coincide com o aniversário da 2a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento. A data lembra ainda a realização da 4a. revisão e avaliação da implementação do Plano de Ação Internacional de Madri sobre o tema.
Para a ONU, estes eventos são uma oportunidade para gerar um novo impulso na ação internacional para fazer avançar a agenda em favor de um envelhecimento saudável.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, uma em cada seis pessoas com 60 anos ou mais sofre anualmente algum tipo de abuso.
Esta tendência deve continuar com o rápido envelhecimento da população ocorrendo em muitos países.
Injustiça
O momento de reflexão serviu de pretexto para o lançamento de uma publicação da agência da ONU e seus parceiros descrevendo cinco prioridades principais de resposta.
O abuso de idosos é considerado uma violação dos direitos humanos e envolve os campos físico, sexual, psicológico e emocional.
As ramificações do problema estendem-se para os campos financeiro e material, abandono, negligência e grave perda de dignidade e respeito.
Para o diretor do Departamento de Determinantes Sociais da Saúde da OMS, Etienne Krug, o abuso de idosos é uma injustiça, que pode ter sérias consequências, incluindo mortalidade prematura, lesões físicas, depressão, declínio cognitivo e pobreza.
Agenda Global
Estima-se que a população com mais de 60 anos possa dobrar nas próximas décadas, passando dos 900 milhões em 2015 para cerca de 2 bilhões em 2050.
A OMS destaca ainda o aumento de abusos ao grupo durante a pandemia, juntamente com várias outras formas de violência.
O tipo de agressão foi cometido por dois terços dos funcionários de lares de idosos e outras instituições de longa permanência do grupo no ano passado.
Apesar de episódios cada vez mais frequentes, a agência lamenta que o abuso de idosos esteja em grande parte ausente da agenda global de saúde.
Melhores dados
A OMS destaca ainda que o guia está em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
As propostas de solução passam por maior consciência sobre o problema, ao mesmo tempo em que se promove o combate ao envelhecimento e são lançados mais e melhores dados sobre o problema.
Outra recomendação feita aos países é que criem e ampliem as soluções com destaque para a “boa relação custo-benefício”.
Entre as áreas de abordagem estão a defesa de mais investimentos para tratar destas questões.